Cronologia da Vida e da Obra e P.J.Proudhon
1809 - Nascimento en Besançon, em 15 de Janeiro, de Pierre-Joseph Proudhon. O pai é vinhateiro e tanoeiro. Foi também cervejeiro, mas, escreveu o filho nas suas "Mémoires sur ma vie", "vendia a sua cerveja quase ao preço de custo; nada querendo a não ser o seu salário, o bravo homem perdeu tudo". Pai e mãe admiravam a obra igualitária da Revolução Francesa. A mãe de Proudhon , Catherine Simonin" a minha mãe a quem devo tudo" é " uma mulher superiormente dotada dum carácter heróico", segundo uma expressão que Sainte-Beuve pediu emprestada ao bibliotecário de Besançon, Weiss. Proudhon terá quatro irmãos dos quais dois morrerão novos. Trabalhos no campo: "Fui durante cinco anos vaqueiro."1820 - Entrada no colégio real de Besançon, graças a uma bolsa de estudo.1826 - A família encontra-se arruinada por um processo. Apesar dos brilhantes sucessos escolares que Proudhon consegue, vai ser obrigado a abandonar os estudos e renunciar ao exame final do curso dos liceus.1827 - Aprendiz de tipógrafo na imprensa de Bellevaux.1828 - Proudhon é corrector na tipografia Gauthier que é especialista nas obras de teologia e de patrística. Numerosas leituras, nomeadamente as da Bíblia: "Os meus verdadeiros mestres," declarará em 1848 ao amigo J.-A. Langlois, "quero dizer aqueles que fizeram nascer em mim ideias fecundas, são em número de três: A Bíblia em primeiro lugar, Adam Smith em seguida e finalmente Hegel." Não hesita em empreender pelos seus próprios meios o estudo do hebreu.1829 - A casa Gauthier onde trabalha Proudhon imprime "Le Nouveau Monde Industriel et Sociétaire" de Fourier. Dele, Proudhon escreverá: "Seis semanas durante as quais fui prisioneiro deste bizarro génio." Corrigindo as provas duma "Vida dos Santos" em latim, fez ao autor notas igualmente em latim, um jovem protestante dois anos mais velho, Gustave Fallot, observações que chamaram a atenção deste pela sua pertinência. Fallot tornou-se seu amigo. Irá exercer uma profunda influência e numa carta célebre e profética de 5 de Dezembro de 1831 vaticinará um grande futuro: "... sereis, Proudhon, contra a sua vontade, inevitavelmente, pelo facto do seu destino, um escritor, um autor: sereis um filósofo e o vosso nome terá o seu lugar nos anais do XIX século..."1831 - Do Carnaval até ao meio da Quaresma Proudhon é mestre de estudos em Gray, em seguida da Páscoa até Novembro trabalha numa tipografia de Neuchâtel.1832 - Reencontra em Paris Fallot que já aí se encontrava instalado desde 1830 e não parava de o instigar a vir ter com ele. Com falta de recursos, partirá pouco depois para a província e antes de voltar a Besançon, fará a sua "volta à França", trabalhando em Lyon, Marselha, Draguignan.1833 - Morte, no regimento, do irmão Jean-Étienne, vítima, segundo Proudhon, do seu capitão: "Esta morte acaba por me tornar irreconciliável inimigo da ordem actual", podemos ler nas "Mémoires sur ma vie".1835 - Proudhon queria tornar-se secretário de Fallot, bibliotecário no Instituto, mas este desejo não se pode realizar.1836 - No início do ano, Proudhon compra com os seus amigos Lambert e Maurice uma pequena tipografia de Besançon, a imprensa Montarsolo, que toma o nome de tipografia Lambert et Cie. A empresa acaba por se tornar desastrosa. Gustave Fallot morre em 6 de Julho.1837 - Proudhon publica anónimo, um "Essai de Grammaire Générale", estudo do tipógrafo editor, sendo a continuação dos Élements primitifs des Langues de Bergier (Besançon, Lambert). A tipografia Lambert conhece graves dificuldades financeiras.1838 - Abril. Morte, provavelmente voluntária, de Lambert.31 de Maio. Proudhon escreve à Academia de Besançon uma carta para apresentar a sua candidatura à pensão Suard. Esta - 1.500 francos de renda por ano - era atribuída todos os três anos a um jovem pobre da região manifestando vocação quer para a carreira das letras ou das ciências, quer para o estudo do direito ou da medicina, a fim de lhe permitir prosseguir estudos. Os candidatos deveriam ter o curso completo dos liceus. Proudhon apresentou-se ao exame alguns dias antes e foi admitido apesar das notas fracas no campo das ciências.23 de Agosto. A pensão Suard é-lhe atribuída. Estará em Paris em Novembro, mas renunciará rapidamente a conquistar diplomas.1839 - Tendo a Academia de Besançon posto em concurso a seguinte questão: "De l'Utilité de la Célébration du Dimanche, considerée sous les rapports de l'hygiène publique, de la morale, des relations de famille et de cité", Proudhon decide enviar sobre este assunto uma memória. Não obtém mais que uma medalha de bronze, apesar do seu trabalho ter sido considerado notável. Tinha exposto em matéria de economia política e de organização social ideias que não deixaram de inquietar a Academia.1840 - "Qu'est-ce que la Propriété? ou Recherches sur le Príncipe du Droit et du Gouvernement (primeira memória sobre a propriedade). O livro é dedicado à Academia de Besançon. Imediatamente é causa de escândalo. A Academia repudia a obra e exige a supressão da dedicatória (24 de Agosto). O Ministério Público pensa em perseguir Proudhon, mas é salvo pelo economista Adolphe Blanqui, irmão do revolucionário e membro do Instituto que admite o valor científico da obra num relatório à Academia das Ciências morais e políticas e por outro lado desaconselha ao Ministro da Justiça as perseguições. Convidado pela Academia de Besançon a comparecer perante ela no dia 15 de Janeiro de 1841 para apresentar explicações, Proudhon dirige-lhe uma carta datada do dia 6 de Janeiro de 1841. Na sessão do dia 15 de Janeiro de 1841, a maioria dos membros da Academia pronunciou-se pela retirada da pensão Suard a Proudhon (16 votos contra 14 e um boletim em branco). Este conserva a pensão que não pode ser retirada a não ser por uma maioria de dois terços. Endivida-se cada vez mais devido à sua tipografia.1841 - "Lettre à M. Blanqui, professeur d'économie politique au Conservatoire des Arts et Métiers, sur la propriété" (segunda memória sobre a propriedade). Proudhon escapa por pouco a perseguições judiciais.1842 - Janeiro "Avertissement aux Propriétaires, ou Lettre à M. Considérant, rédacteur de la Phalange, sur une défense de la propriété (terceira memória sobre a propriedade). Esta memória éembargada e Proudhon é objecto de acções judiciais. Comparece perante o tribunal em 3 de Fevereiro de 1842 mas é absolvido. Publica a defesa que pronunciou perante os juizes: "Explications Présentées au Ministère Publique sur le Droit de Propriéte".1843 - No dia 4 de Fevereiro Proudhon anuncia ao seu amigo Bergmann que vendeu a sua tipografia. Conseguiu ver-se livre de uma parte das suas dívidas, mas fica devedor ainda de 7.000 francos. Em Maio está instalado em Lyon e trabalha com os irmãos Gauthier que tinham criado um serviço de barcos para o transporte da hulha pelo canal do Rhône ao Reno. Torna-se empregado comercial.23 de Julho - Proudhon começa os seus "Carnets".Setembro - "De la Création de l'Ordre dans l'Humanité, ou Príncipes d'Organisation Politique".Inverno 1843-1844 - Estadia em Paris. Proudhon encontra o mação Martin Nadaud, Wolowski, Garnier, secretário da Sociedade de Economia Política, o livreiro Gullaumin. Numa carta de dia 15 de Agosto expõe a este último o projecto do que será o "Système des Contradictions Économiques".Inverno 1844-1845 - Encontros em Paris com Bakunine, Karl Grün, Ewerbeck, Karl Marx, etc. Discussões sobre Hegel. Na obra A Sagrada Família, de Janeiro de 1845 Marx faz um vivo elogio de "Qu'est-ce que la Propriété? Mas os dois homens irão romper em 1846.Março. "Le Miserere ou la pénitence d'un roi", crítica dos sermões de quaresma de R. P. Lacordaire em 1845. "De la Concurrence entre les Chemins de Fer et les Voies Navigables".1846 - 30 de Março - Morte do pai de Proudhon. 15 de Outubro - "Système des Contradictions économiques ou philosophie de la misère".Marx compõe contra Proudhon durante o inverno de 1846-1847 a Miséria da Filosofia. A obra é editada a 15 de Junho de 1847. Proudhon é aí tratado de "pequeno burguês constantemente oscilando entre o capital e o trabalho, entre a economia política e o comunismo".1847 - O sucesso do "Système des Contradictions Économiques" é fraco. O jornal dos economistas só falará da obra em Novembro. Em Outubro Proudhon deixa o seu lugar nos Gauthier. A sua mãe morre em 17 de Dezembro. "Eis-me sózinho, sofrivelmente, desafeiçoado, desiludido, desgostoso...", escreverá a Maurice em Janeiro de 1848.1848 - Janeiro - Publicação do Manifesto do Partido Comunista de Marx e Engels.22, 23, 24 de Fevereiro - Revolução de Fevereiro. Proudhon nos seus "Carnets" lamenta que ela tenha sido levada a cabo sem ideia construtiva. Vai procurar fornecer-lhe um programa de acção.Março - Publicação de três brochuras: "Solution du Problème Social" (22 de Março), "La Démocratie" (26 de Março), "Organisation du Crédit et de la Circulation et Solution du Problème Social" (31 de Março).23 de Abril - Insucesso de Proudhon nas eleições. "Programme Révolutionnaire Adressé aux Électeurs de la Seine", publicado no "Représentant du Peuple" de 31 de Maio, 1 e 5 de Junho.4 de Junho - Proudhon é eleito em Paris nas eleições complementares da Assembleia Nacional com 77.000 votos.21 de Junho - Dissolução das oficinas nacionais.23-26 de Junho - As jornadas de Junho.Julho - Carta ao "Représentant du Peuple" em favor dos revoltados (5 de Julho). No dia 8, Proudhon pede num artigo do mesmo jornal uma redução de um terço sobre as rendas e as taxas de juros durante três anos: o jornal é suspenso. Proudhon retoma a ideia numa proposta de lei que é discutida na Assembleia. Pronuncia em 31 de Julho um longo e violento discurso onde opõe os proletários aos burgueses; é objecto duma reprimenda por parte do presidente.Agosto - "Le Représentant du Peuple" que reapareceu, será suspenso ao fim de três dias e desaparecerá. Será substituído pelo "Le Peuple" que no seu manifesto editorial exigirá o direito ao trabalho (2 de Setembro).26 de Setembro - Visita a Luís Napoleão Bonaparte. Proudhon anota nos seus "Carnets": "Este homem parece bem intencionado, cabeça e coração cavalheirescos... para além disso génio medíocre... Desconfiar". "Le Droit au Travail et le Droit de Propriété". "Résumé de la Question Social, Banque d'Échange".15 de Outubro - Proudhon pronuncia um discurso onde está presente Lamennais "Toast à la Révolution": "As revoluções são as manifestações sucessivas da justiça na humanidade".4 de Novembro - Voto pela Assembleia Nacional de uma constituição, que confia o poder executivo a um presidente eleito por quatro anos.15 de Novembro - Manifesto eleitoral dos socialistas publicado no "Le Peuple" contra o estatismo e a favor das associações operárias.10 de Dezembro - Eleição de Luís Napoleão à presidência.1849 - Janeiro - Tentativa de organização por Proudhon do "Banque du peuple" que devia fornecer a uma taxa baixa os capitais necessários à compra de matérias-primas e de ferramentas. Mas o Banco vai ser liquidado algumas semanas mais tarde, antes mesmo que a primeira operação de crédito tenha tido lugar. Nos dias 26, 27 e 30 publicação no "Le Peuple" de três violentos artigos contra o príncipe-presidente, que vão valer a Proudhon acções judiciais.14 de Fevereiro - A Assembleia autorisa as acções contra Proudhon.28 de Março - Proudhon é condenado pelo Tribunal do Sena a três anos de prisão e 3.000 francos de multa. Refugia-se na Bélgica (30 de Março).Junho - Tendo cometido a imprudência de voltar a Paris no início de Abril é preso e encarcerado no dia 7 de Junho em Sainte-Pelágie. Aí ficará na prisão até Junho de 1852. No dia 13 de Junho de 1849 desaparecimento do "Le Peuple" que será substituído em Outubro pelo "La Voix du Peuple".Fim de Outubro - "Les Confessions d'un Révolutionnaire pour servir à l'Histoire de la Révolution de Février" foram escritas na prisão. De Novembro ao mês de Março do ano seguinte, polémica no "La Voix du Peuple" entre Proudhon e Bastiat sobre a gratuidade do crédito.31 de Dezembro - Casamento de Proudhon com Euphrasie Piégard, operária passamaneira que tem catorze anos menos que ele e que conheceu na rua no dia 6 de Fevereiro de 1847. Quatro filhos nascerão deste casamento.1850 - Artigos escritos no "La Voix du Peuple" durante o tempo que está em Sainte-Pélagie valem-lhe novas perseguições judiciais. É transferido no dia 13 de Fevereiro para a prisão anexa ao Palácio da Justiça até finais de Abril e depois para a fortaleza de Doullens. No fim de Maio comparece perante o tribunal do Sena, mas é absolvido. Ficará detido na prisão anexa ao Palácio da Justiça até Setembro de 1851.18 de Outubro - Nascimento da sua primeira filha, Catherine.1851 - "Idée Générale de la Révolution au XIXe. Siècle, choix d'études sur la pratique révolutionnaire et industrielle". A obra é dedicada à Burguesia: "... A vós, Burgueses, a homenagem destes novos ensaios; fostes de todos os tempos os mais intrépidos, os mais ousados dos revolucionários". Deseja "uma reconciliação do proletariado e da classe média... para derrubar o capitalismo", mas na última obra escrita na prisão e que publicará novamente em 1853 na Bélgica, "La Philosophie du progrés", não contará mais que na "energia revolucionária das massas operárias".Em Setembro, é reintegrado em Sainte-Pélagie. Passará a ter três dias de saídas por mês, o que lhe permite estar nas ruas de Paris no 2 de Dezembro, dia do golpe de Estado.1852 - Nascimento da segunda filha, Marcelle.4 de Junho - Proudhon sai da prisão. Passeio em Meudon.Julho - "La Revolution Social Démonté par le Coup d'État du 2 Décembre", cuja colocação à venda foi interdita durante alguns dias. "Manuel du Spéculateur à la Bourse", que escreve em colaboração com Duchêne e Beslay mas onde o seu nome não figura. Somente na terceira edição é que isso irá acontecer, em 1857.1853 - Janeiro - Visita de Proudhon ao príncipe Napoleão, junto do qual interveio em 1849 com Darimon e Charles Edmond em favor de um operário químico implicado no caso do 13 de Junho. Esta visita será seguida de várias outras: "Vou ao Palácio Real: sim algumas vezes, dez ou doze vezes nestes últimos quatro anos", escreverá a Madier-Montjau em Março de 1856. Fará sempre prova nas suas relações com o príncipe da mais feroz independência.Setembro - Nascimento da terceira filha, Stéphanie.1854 - Durante o Verão Proudhon e a sua família sofrem um ataque de cólera. Morte da sua segunda filha Marcelle.1855 - Proudhon apresenta ao príncipe Napoleão, que foi nomeado presidente da Comissão central da Exposição universal de 1855, um projecto de exposição perpétua. Este projecto era uma retomada do projecto do Banco do Povo e devia segundo o seu autor arruinar a Banca toda poderosa e os financeiros. Na sua obra "Des Réformes à Opérer dans l'Exploitation des Chemins de Fer", levanta um protesto contra os benefícios das companhias concessionárias.1856 - Proudhon trabalha na obra "De la Justice dans la Révolution et dans l'Église". Na Primavera está doente e encontra-se numa incapacidade quase absoluta de pensar e de escrever. Em Maio, tem uma quarta filha, Charlotte, que irá morrer no princípio do mês de Dezembro seguinte.1857 - Junho - Viagem pelo Franco-Condado. Continua a redacção de "De la justice dans la Révolution et dans l'Église" mas éincomodado pela falta de saúde que persiste. Procura candidatar-se às eleições legislativas.1858 - 22 de Abril - Colocado à venda o "De la justice dans la Révolution et dans l'Église", novos princípios de filosofia prática endereçados a sua Eminência Mathieu, cardeal arcebispo de Besançon (3 volumes). O livro do qual seis mil exemplares são vendidos somente nalguns dias, é apreendido no dia 28 de Abril. É-lhe movida mais uma acção judicial e por este meio é condenado no dia 2 de Junho a três anos de prisão e 4.000 francos de multa. O editor Garnier é condenado a um ano de prisão e 1.000 francos de multa. Proudhon interpõe recurso no dia 10. A fim de poder publicar uma memória para a sua defesa e também para escapar à prisão, refugia-se em Bruxelas onde se encontra em 18 de Julho. Em Setembro, publica "La Justice Poursuivie par l'Église, appel du jugement rendu par le tribunal de police correctionnelle le 2 juin 1858, contre Proudhon, avec une consultation de son avocat Gustave Chaudey". A entrada em França desta memória é proibida. Proudhon torna definitivamente o partido de ficar em Bruxelas onde se lhe junta a mulher e as filhas no dia 1 de Dezembro.1859 - Durante os primeiros meses do ano Proudhon está doente. Em Maio anuncia a Chaudey, numa carta, que trabalha numa brochura sobre a guerra e a paz "que poderá dar duzentas páginas de impressão". Esta brochura tornar-se-á ao longo dos dois anos seguintes uma obra em dois volumes de cerca de quatrocentas páginas cada um. Em Agosto o imperador assina um decreto de amnistia, mas Proudhon não faz parte daqueles que podem beneficiar. No Outono, após uma breve estadia em França, a sua mulher e filhas caem doentes.1860 - Proudhon trabalha na segunda edição de "La Justice" que sairá em Setembro.Abril - Encontros com Tolstoi de passagem por Bruxelas.10 de Setembro - Proudhon envia ao Conselho de Estado do cantão suíço de Vaud, em resposta a uma questão posta em concurso, uma "Théorie de l'Impôt". A memória, que conta com cento e oitenta folhas, obterá o primeiro prémio.5 de Dezembro - Proudhon recebe dos irmãos Garnier uma carta onde eles recusam a publicação de "La Guerre et la Paix".12 de Dezembro - Napoleão III perdoa a pena a Proudhon, mas este prolonga a sua estadia na Bélgica.1861 - 21 de Maio - "La Guerre et la Paix recherches sur le príncipe et la constitution du droit des gens" publicada pelos irmãos Michel Lévy. Muitos não entenderão o sentido da obra e nela verão uma apologia da guerra. "Todos os meus amigos estão consternados; não compreenderam nada; ou se compreenderam é para desaprovar e lamentarem-se. Ter-me-ei tornado louco, ou é o mundo que se cretiniza", escreverá o autor a Rolland no dia 3 de Junho.1862 - "Les Majorats Littéraires, examen d'un projet de loi ayant pour but de créer au profit des auteurs, inventeurs et artistes un monopole perpéctuel" (Bruxelas, l'office de publicité). Critica do princípio da propriedade literária.7 de Setembro - O jornal belga "l'Office de publicité" publica um artigo de Proudhon: "Garibaldi et l'Unité Italienne". Este artigo contém uma passagem onde a ironia não é compreendida e faz acusar Proudhon de angariar Napoleão III para anexar a Bélgica. Uma manifestação tem lugar no dia 16 debaixo da janela do escritor que deixa Bruxelas no dia seguinte e chega a Paris dia 18"La Féderation et l'Unité en Italie (Paris, Dentu). A obra onde são retomados, com modificações, dois artigos aparecidos no "l'Office de publicité", do qual "Garibaldi et l'Unité Italienne" é hostil à unidade italiana.1863 - "Du Príncipe Fédératif et de la Nécessité de Reconstituer le Parti de la Révolution". Proudhon está seriamente doente. Na brochura "Les Démocrates Assermentés et les Refractaires" (Abril), recomenda a abstenção nas eleições que vão ter lugar no fim de Maio. "Não tenho forças a não ser para me arrastar ao Bosque de Bolonha onde me deito à sombra na erva seca e durmo durante horas" escreve no dia 12 de Julho.1864 - Proudhon está doente durante todo o primeiro semestre.17 de Fevereiro - Manifesto dos Sessenta (60 operários), que anuncia candidaturas puramente operárias. Proudhon, convidado a dar a sua opinião, reconhece o direito dos operários a uma representação que lhe seja própria, mas não deixa de persistir menos à recomendação da abstenção às eleições (8 de Março), Proudhon prepara "De la Capacité Politique des Classes Ouvrières" que aparecerá após a sua morte.20 de Agosto - Parte para o Franco Condado, onde vai fazer uma última estadia. Está de volta a Paris a 15 de Setembro.1865 - "No dia 19 de Janeiro de 1865, morre pelas duas horas da manhã, nos braços da sua mulher, da sua cunhada e do amigo que escreve estas linhas". (Prefácio de J.-A. Langlois à "Correspondance de P.-J. Proudhon")Obras póstumasNumerosas obras escritas por Proudhon foram publicadas após a sua morte. Damos aqui as principais. Para além disso há ainda um conjunto volumoso de originais abarcando dezenas de cadernos num total de milhares de páginas com notas críticas, comentários de livro, cartas, etc. etc.1865 - "De la Capacité Politique des Classes Ouvrières" "Du Príncipe de l'Art et de sa Destination Social" "Théorie de la Propriété", seguida do "Project d'Exposition Perpétuelle".1866 - "La Bible Annotée" (Novo Testamento)1867 - "France et Rhin"1868 - "Mélanges" 3 volumes (Recolha dos artigos escritos por Proudhon no "Représentant du Peuple", "Le Peuple" e no "La Voix du Peuple".1870 - "Les Contradictions Politiques, Théorie du Mouvement Constitucionnel au XIX siècle".1875 - "La Pornocratie ou les femmes dans les temps modernes".Catorze volumes de "Correspondance" foram publicados por Lacroix devido aos cuidados de Catherine Proudhon e J.-A. Langlois.1876 - "Amour et Mariage".1883 - "Césarisme et Christianisme" (do ano 45 a.C. ao ano 476 d.C.).1896 - "Jésus et les Origines du Christianisme".1898 - "Napoléon Ier", com uma carta do General Brialmont.1900 - "Commentaires sur les Mémoires de Fouché" seguidas do "Parallèle entre Napoléon et Wellington", "Napoléon III".1908 - Publicação de alguns extratos dos "Carnets" de Proudhon na "Grande Revue" em 1, 25 de Agosto e 25 de Setembro.1946 - "Lettres au Citoyen Rolland".1948 - "Lettres" recolhidas por Daniel Halévy e Louis Guilloux.1950 - "Lettres de Proudhon à sa Femme".1961 - "Carnets" publicação levada a cabo por Pierre Haubtmann na livraria Marcel Rivière. Saíram 4 volumes de um total previsto de 8. 1º vol. (1847-1848), 2º vol. (1848-1850), 3º vol. (1850-1851) 4º vol. (1851-1853)
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